quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Governador Geraldo Alckmin sanciona lei ao combate de consumo de bebidas alcoólicas por crianças e adolescentes

O governo Geraldo Alckmin sancionou, hoje pela manhã, a lei estadual que regulamenta o combate ao consumo de bebidas alcoólicas por crianças e adolescentes.
Bares, restaurantes, lojas de conveniência, supermercados, entre outros, não poderão vender ou ainda permitir que menores de idade consumam bebidas alcoólicas. Mesmo que os pais ou responsáveis estejam com as crianças e ou adolescentes.
Em nenhuma hipótese os consumidores serão abordados. Os agentes fiscalizadores caso flagre a infração, irá punir o estabelecimento com multa e até interdição do comércio. Os valores das multas variam de R$ 1,7 mil a R$ 87 mil.
O comerciante terá de pedir documento de identificação para realizar a venda e caso o consumidor se recuse a provar a maioridade, o responsável pelo estabelecimento pode e deve se recusar a vender a bebida alcoólica.
Durante 30 dias teremos uma fiscalização educativa orientando donos de estabelecimentos. A partir de 19 de novembro, haverá fiscalização punitiva.
Eu elaborei o Projeto de Lei nº 371 de 2011, que com certeza vai complementar a Lei Antiálccol na cidade, já que proíbe a comercialização de bebidas alcoólicas nas lojas de conveniência e lanchonetes dos postos de gasolina.
Pelo projeto, os estabelecimentos que forem flagrados vendendo bebidas alcoólicas serão punidos rigorosamente. As multas vão de R$ 2 mil a R$ 10 mil. Se houver reincidência, o valor dobra e o estabelecimento não poderá funcionar por um mês. Após a segunda reincidência, o local terá seu alvará de funcionamento cassado.
Somar esforços é essencial. Somente desta maneira é que conseguimos fazer com que a mudança aconteça!
Pesquisa realizada pelo Ibope apontou que 18% dos adolescentes entre 12 e 17 anos bebem regularmente, e que quatro entre dez menores compram livremente bebidas alcoólicas no comércio. Segundo a pesquisa, o consumo de álcool acontece, em média, aos 13 anos.
A lei Antiálcool vai além da proibição da venda – que já está prevista na lei federal – a idéia é fortalecer o conjunto de ações sendo ainda mais rigorosos na relação de consumo, zelando pela segurança, tanto no trânsito como dentro de casa, na educação e saúde pública: prevenindo e proibindo. Dessa forma estamos mudando o olhar dos jovens.

Audiência pública debate políticas de saúde para autistas


A Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher promoveu nesta quarta-feira uma audiência pública para discutir políticas para crianças, adolescentes e adultos com autismo.  A principal reclamação dos pais de pessoas com a patologia é a falta de atendimento nos Centros de Apoio Psicossocial (CAPS).
A presidente da comissão, vereadora Juliana Cardoso (PT), disse que por conta da falta de atendimento, as pessoas se mostraram nervosas e emotivas durante a audiência desta quarta-feira. "Vamos realizar outra audiência para debater o mesmo tema e cobrar o Executivo para que os recursos destinados para o tratamento de autistas sejam maiores", declarou.
A dona de casa Milena Elaine Carneiro Silva, que tem uma filha de 6 anos com autismo, foi uma das pessoas que reclamaram. "O poder público até fala que os CAPS dão todo o atendimento adequado para os autistas, mas não é isso que acontece. Levei a minha filha na unidade de Santo Amaro e um dia falta uma fonoaudióloga, no outro a psicóloga. Não temos nenhum respaldo", contou Elaine.
A assessora da área técnica de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde Maria Claudia Tedeschi afirmou que o atendimento para pessoas com autismo está sendo realizado. "O CAPS atende crianças e adultos com essa patologia. Além das 66 unidades, temos 22 Centros de Convivência e também os Programas Saúde da Família, além das Unidades Básicas de Saúde", explicou. A assessora disse que todas as reclamações serão levadas à Secretaria.
O psiquiatra do Hospital das Clínicas Estevão Vadasz também participou da audiência pública e falou sobre a necessidade de equipes multidisciplinares para o desenvolvimento das pessoas com autismo.  "Estes pacientes precisam de profissionais habilitados e especializados em autismo. As equipes devem ser compostas por fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psiquiatras, ou seja, uma equipe multidisciplinar", defendeu.