terça-feira, 25 de outubro de 2011

Comissão do Idoso debate prioridades para Orçamento 2012

A Comissão do Idoso e de Assistência Social realizou uma reunião nesta terça-feira para debater as políticas públicas que devem ser priorizadas no Orçamento de 2012. Neste primeiro encontro, os idosos participantes apontaram temas variados, como saúde, transporte e mudanças que devem ser realizadas para melhorar a qualidade de vida.

Segundo o presidente da comissão, vereador Claudio Prado (PDT), "o que for possível fazer para aumentar o Orçamento com o objetivo de que as políticas públicas sejam coerentes e alcancem o maior número de idosos, será feito".
"Os debates são fundamentais porque qualificam tudo aquilo que discutimos até agora como, por exemplo, a necessidade de um acompanhante do idoso. Se resolvermos as questões prioritárias, São Paulo dará um salto na qualidade de defesa do idoso", afirmou Prado.

A reunião desta terça-feira utilizou como base as propostas do Orçamento de 2011. Entre as ações estavam a instalação em praças de equipamentos esportivos para pessoas idosas, academia da terceira idade, transporte de idoso sem mobilidade e serviço especial de assistência jurídica à população de baixa renda e aos idosos.

Em relação à saúde, o vereador Milton Ferreira (PSD) defendeu a necessidade de geriatras e gerontólogos nas unidades de saúde de cada subprefeitura.


A próxima reunião da comissão está marcada para terça-feira (1/11) e as prioridades para o Orçamento voltarão a ser discutidas por tema e por secretarias responsáveis.

"Existem muitas questões que precisam ser solucionadas, e o nosso objetivo é que o Orçamento do próximo ano seja muito melhor do que o de 2011 e ofereça um nível maior de proteção ao idoso", concluiu Cláudio Prado.

Em ato na Câmara, médicos pedem mais recursos ao SUS

A Câmara Municipal recebeu nesta terça-feira uma manifestação de médicos e dentistas contra a atual situação de financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS). Cerca de 100 profissionais foram recebidos no plenário da Casa e denunciaram as deficiências no atendimento prestado pelo sistema em decorrência da falta de recursos.

O encontro desta terça-feira no Palácio Anchieta foi articulado pelos vereadores Gilberto Natalini (PV) e Jamil Murad (PCdoB), que são médicos e integram a mobilização em prol de mais financiamento ao SUS.

"Sem dinheiro, não tem como dar prosseguimento a essa conquista democrática que é o Sistema Único de Saúde", disse Jamil. "A Câmara estará sempre aberta para a saúde. Como médicos e vereadores, devemos fazer a nossa parte e buscar o nosso objetivo de ter um SUS eficiente", acrescentou Natalini.

O presidente da Câmara, vereador José Police Neto (PSD), também participou da recepção aos profissionais e manifestou a intenção da Casa de trabalhar "com muita propriedade nessa batalha nacional por um SUS mais forte, que contemple um atendimento justo à população".

O médico Florisval Meinão, da Associação Paulista de Medicina (APM), explicou que a intenção dessa mobilização pública da categoria é "denunciar à sociedade as condições de trabalho adversas do SUS". Segundo ele, o sistema conta com uma infraestrutura "muito pobre" e que o resultado "é o atendimento de qualidade duvidosa com prejuízo principalmente à população mais carente, que depende exclusivamente do SUS".

Para Renato Azevedo Júnior, presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), o Sistema Único de Saúde "é uma das maiores conquistas do povo brasileiro das últimas décadas, mas não é eficiente por falta de financiamento". "Os salários são baixos, a tabela do SUS é indecente, faltam condições de trabalho e não existe plano de carreira para os médicos", protestou.

O ato desta terça-feira em São Paulo faz parte de uma ação nacional organizada por várias entidades ligadas à área médica que inclui a suspensão dos atendimentos eletivos (consultas, exames e outros procedimentos) em vários Estados. 

Saúde, educação e moradia são prioridades para Zona Leste

A Câmara Municipal de São Paulo realizou neste sábado a primeira audiência pública sobre a Proposta Orçamentária de 2012. O encontro reuniu mais de 200 pessoas da Zona Leste da Capital e os investimentos nas áreas de saúde, educação e moradia foram o foco das reivindicações da população local.


Para o próximo ano, estão previstos mais de R$ 370 milhões de investimentos para a Zona Leste, que serão divididos entre as 11 subprefeituras que representam a região. As regionais que receberão mais verbas são a de São Mateus (R$ 49.738.082) e Penha ( R$ 39.833.771).


O diretor de educação do Fórum para Desenvolvimento da Zona Leste, Valter de Almeida Costa, criticou a falta de investimento para educação. “Faltam vagas nas creches e também cursos técnicos para os jovens. É necessário que se construam mais instituições de ensino”, afirmou. 
Segundo Costa, há certa apreensão dos moradores da região com os investimentos que estão chegando. “Estão construindo o Estádio do Corinthians (Itaquera) e muitos outros investimentos estão sendo realizados para o progresso na Zona Leste. No entanto, ficamos preocupados se não teremos que deixar nossas moradias. Precisamos pensar em um programa de habitação popular”, disse.
 
Em relação à saúde, a falta de médicos é o que mais preocupa os moradores daquela região. Para o padre Marcos Fernando, de Itaim Paulista, além disso faltam vagas para a realização de exames. “Precisamos de uma mudança em todo o Sistema Único de Saúde. Porque faltam medicamentos e médicos para nos atenderem”, reclamou.

A acessibilidade também é um problema na Zona Leste. O comerciante Jony Katsakis é cadeirante e fala da dificuldade que enfrenta no dia-a-dia. “Precisamos de ruas, calçadas e hospitais com acessibilidade. Faltam também ônibus com plataformas e escolas adequadas para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida”, reclamou.

O transporte e o desrespeito com a terceira idade foram motivos de queixas para os moradores. “O trânsito está péssimo e o transporte público é sucateado e lotado. E nós, idosos, ainda somos tratados com desrespeito”, afirmou a conselheira gestora do Grande Conselho Municipal do Idoso e moradora de Itaquera, Maria do Socorro Alves.
AUDIÊNCIA
O encontro realizado neste sábado, em São Miguel, faz parte da série de 20 audiências públicas que a Câmara fará para definir o Orçamento Municipal de 2012. O objetivo é apresentar à população a proposta orçamentária para o próximo ano e ouvir sugestões para melhorias na cidade.