Assisti neste domingo na sede do Sindicato dos Químicos e Plásticos na Rua Tamandaré – Liberdade, o documentário de Roberto Fernandes – “Vitimas da Bomba Atômica”, relata a devastação da maior arma de destruição em massa já usada no mundo, foram 140 mil pessoas que morreram vítimas da explosão e a estimativa é que outras 120 mil tenham mo
rrido por consequência da contaminação radioativa.
Tive o prazer de conhecer o Sr. Takashi Morita, nascido em Hiroshima sobrevivente da bomba, passou sua infância em pleno regime do militarismo japonês e aos 19 anos foi convocado para servir o exército de seu país, e apesar de ter sofrido queimaduras a 1,3km do epicentro permaneceu na cidade por três dias, trabalhando como policial militar socorrendo pessoas sem saber que estava no foco da irradiação. Na sua cultura morrer pelo imperador é considerado um ato de nobreza. E hoje morando no Brasil vem desenvolvendo amplo trabalho social e trava constante luta por melhores condições e mudanças nas leis trabalhistas a favor de operários expostos a radioatividade.
Nesta segunda – feira, 06 de agosto, todo o Japão parou para relembrar e homenagear as vítimas dessa tragédia e conscientizar a sociedade de que a humanidade e a energia nuclear não podem dividir o mesmo mundo.
Energia Nuclear – Hoje no mundo industrializado o país que domina as técnicas de produção de energia Nuclear tem uma maior relevância no mercado econômico e sempre se gera certa expectativa quanto ao poderio bélico, 70% de toda energia gerada na França é através de fontes de usinas Nucleares, o que causa grande temor, um míssil lançado em uma usina nucleares Francesa seria suficiente para contaminar toda a Europa. Se o Japão não gerasse mais energias através de suas usinas nucleares o país entraria em colapso econômico, já a realidade do Brasil é bem diferente, as duas usinas em atividade hoje no país, Angra 1 e 2 são responsáveis por apenas 3% da energia total gerada, isso se atribui a localização geográfica favorável no qual apresentam diversos rios que cruzam o país, o que facilita a produção de energia limpa (Hidrelétrica).
Estudos mostram o avanço do Brasil na produção de energia Eólica e as condições de clima favoráveis a isso, o que não reduz o temor da industria Brasileira pela falta de energia Elétrica, já que as concessionárias hoje trabalham no limite da produção, pressionando o governo a investir nas fontes nucleares e acelerando o projeto de construção das novas unidades Angra 3 que já está em fase de experiência e Angra 4 e 5.
A Energia Nuclear e a Humanidade podem caminhar Juntas?