quarta-feira, 6 de abril de 2011

Veterinários pedem presença de profissional em comércio

O vereador Dr. Milton Ferreira (PPS) participou de audiência pública da Comissão Permanente de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher que debateu o Projeto de Lei (PL) 253/2010, de autoria do vereador Jamil Murad (PCdoB), que propõe a presença obrigatória de um médico veterinário em casas atacadistas de carnes, supermercados e hipermercados da cidade. O objetivo, segundo o texto, é ter uma verificação mais rigorosa sobre a qualidade dos produtos vendidos.

Murad explicou que a ideia do projeto surgiu de debates junto à sociedade na ocasião da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que apurou os trabalhos da Covisa (Coordenação de Vigilância em Saúde). Segundo ele, existem casos concretos de mau armazenamento e manipulação inadequada de alimentos de origem animal no comércio varejista, e "isso pode colocar em risco a saúde da população".

"Sei que sempre há resistência de empresas que não querem ver sua folha de pagamentos aumentada, mas isso é um pingo d'água no mar diante do volume financeiro movimentado pelo setor", defendeu Murad. "A manutenção de um médico veterinário, que é o profissional habilitado para fazer esse controle, é muito baixa perto do retorno muito alto à sociedade", acrescentou.

Para Sheila Pincinato, do Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP), a atuação do veterinário é de suma importância para a saúde pública e para a garantia da segurança dos alimentos vendidos à população, uma vez que ele previne zoonoses e contaminação. "A população deve exigir esse tipo de segurança", disse.

Já Ricardo Moreira Calil, do Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, lembrou que muitas vezes o alimento que sai devidamente inspecionado do produtor é "maltratado" no ponto de venda no momento em que é fracionado. "O manuseio muitas vezes ocorre em condições totalmente inapropriadas", explicou.

Milton Ferreira debate o Programa Municipal de Hanseníase

O Vereador Dr. Milton Ferreira (PPS) participou da reunião ordinária da Comissão da Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher na tarde desta quarta-feira (5/4) e debateu a situação do Programa Municipal de Hanseníase e o funcionamento do Ambulatório de Especialidades Alexandre Yazbek, que atende hansenianos.

As principais questões colocadas para a coordenadora regional de Saúde da Região Sudeste da capital paulista, Helena Zaio, e para a coordenadora do Controle Municipal de Hansenianos, Silvia Regina, foram a falta de insumos para tratamento, qual a previsão para o problema ser resolvido, quantos hansenianos existem e quantos estão sendo tratados.

Milton Ferreira, que atende em um consultório clínico em Guaianases, afirmou que tem presenciado diversos pacientes com manchas na pele e que os mesmos enfrentam dificuldades para serem tratados em uma unidade de referência para o tratamento de hanseníase.

Silvia Regina afirmou ao vereador que todos os funcionários do Centro de Especialidades da região de Guaianases foram treinados e orientados para receber estes pacientes.

De acordo com ela, existem em São Paulo 33 unidades de referência para o tratamento de hanseníase, e elas estão espalhadas por todas as regiões. "Registramos cerca de 300 casos da doença. No entanto, cerca de 95% são de pessoas que vêm de outro Estado.