terça-feira, 11 de outubro de 2011

Idosos reclamam do atendimento na Rede Pública de Saúde

A situação da saúde do idoso na cidade de São Paulo foi tema da reunião desta terça-feira da Comissão do Idoso e de Assistência Social da Câmara Municipal.

Entre os problemas citados pelos participantes do encontro estão a demora para conseguir agendar um exame em São Paulo e o baixo número de médicos geriatras trabalhando nos hospitais municipais. Marília Berzins, servidora da Secretaria Municipal de Saúde, disse que um levantamento de 2007 revelou que existiam, naquele ano, apenas 600 especialistas em geriatria em todo o Brasil.

"O Brasil ainda está no modelo de um país jovem. É preciso mudar a forma de pensar políticas para atender a essa população idosa", comentou Marília. Como sugestão, os participantes da reunião citaram a criação de um hospital exclusivamente para os idosos, com o pagamento de salários condizentes a médicos especialistas para atrair o interesse desses profissionais.

A falta de moradia digna aos idosos também foi citada como um problema que acaba gerando reflexos na saúde pública. "Para um idoso viver bem, ele precisa de moradia", disse Maria Eliete de Souza, do Garmic (Grupo de Articulação de Moradia do Idoso). Segundo ela, os vários prédios desocupados na região central de São Paulo poderiam ser utilizados como solução a essa questão.

Para o presidente da Comissão do Idoso e de Assistência Social, vereador Cláudio Prado (PDT), "os problemas de saúde não serão resolvidos só com debate, mas já é um começo". "As entidades que representam os idosos têm de assumir o compromisso de fortalecer o Grande Conselho Municipal do Idoso, porque só assim conseguiremos mais força para alcançarmos políticas públicas coerentes junto a qualquer secretaria", disse.

Câmara adere à campanha municipal de respeito ao pedestre

Programa de Proteção ao Pedestre, iniciativa lançada pela Prefeitura para reduzir o número de vítimas no trânsito de São Paulo, chegou ao Palácio Anchieta nesta terça-feira. O piso térreo da Câmara Municipal recebeu adesivos que simulam faixas de travessia e os elevadores ganharam os mesmos anúncios publicitários que já ocupam outras partes da cidade, lembrando motoristas e pedestres da importância de obedecer à sinalização.
"Trazer a faixa para a Câmara é fazer com que o pedestre se sinta cidadão", disse o presidente da Casa, José Police Neto. "Com a campanha, mostramos que o Parlamento pulsa por respeito ao pedestre", completou.
Police Neto afirmou ainda que, além de proteger a vida, o Programa de Proteção ao Pedestre faz a população gostar mais da cidade, como consequência do uso menos intenso do carro.
O secretário municipal de Transportes, Marcelo Cardinale Branco, também acredita que as ações podem mudar a relação dos munícipes com o entorno. "A população precisava do apoio da Prefeitura para retomar o espaço público. Permitindo que as pessoas circulem com segurança, estamos devolvendo a elas esses locais", explicou.
O secretário apresentou dados que mostram o sucesso da campanha em seus primeiros meses. Na região central, ponto de partida do projeto, houve queda de 70% nos atropelamentos. "A convivência no trânsito é fundamental. Todos precisam ter respeito à vida, pois mesmo o motorista é pedestre em alguns momentos", disse.