terça-feira, 25 de outubro de 2011

Em ato na Câmara, médicos pedem mais recursos ao SUS

A Câmara Municipal recebeu nesta terça-feira uma manifestação de médicos e dentistas contra a atual situação de financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS). Cerca de 100 profissionais foram recebidos no plenário da Casa e denunciaram as deficiências no atendimento prestado pelo sistema em decorrência da falta de recursos.

O encontro desta terça-feira no Palácio Anchieta foi articulado pelos vereadores Gilberto Natalini (PV) e Jamil Murad (PCdoB), que são médicos e integram a mobilização em prol de mais financiamento ao SUS.

"Sem dinheiro, não tem como dar prosseguimento a essa conquista democrática que é o Sistema Único de Saúde", disse Jamil. "A Câmara estará sempre aberta para a saúde. Como médicos e vereadores, devemos fazer a nossa parte e buscar o nosso objetivo de ter um SUS eficiente", acrescentou Natalini.

O presidente da Câmara, vereador José Police Neto (PSD), também participou da recepção aos profissionais e manifestou a intenção da Casa de trabalhar "com muita propriedade nessa batalha nacional por um SUS mais forte, que contemple um atendimento justo à população".

O médico Florisval Meinão, da Associação Paulista de Medicina (APM), explicou que a intenção dessa mobilização pública da categoria é "denunciar à sociedade as condições de trabalho adversas do SUS". Segundo ele, o sistema conta com uma infraestrutura "muito pobre" e que o resultado "é o atendimento de qualidade duvidosa com prejuízo principalmente à população mais carente, que depende exclusivamente do SUS".

Para Renato Azevedo Júnior, presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), o Sistema Único de Saúde "é uma das maiores conquistas do povo brasileiro das últimas décadas, mas não é eficiente por falta de financiamento". "Os salários são baixos, a tabela do SUS é indecente, faltam condições de trabalho e não existe plano de carreira para os médicos", protestou.

O ato desta terça-feira em São Paulo faz parte de uma ação nacional organizada por várias entidades ligadas à área médica que inclui a suspensão dos atendimentos eletivos (consultas, exames e outros procedimentos) em vários Estados. 

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